“Mal a Cheiraste” é título, o possível, de uma ideia urgente de vasculhar as matérias ambíguas da relação entre mãe e filha (ou mães e filhas), a partir da pesquisa íntima de um par, uma mãe e uma avó, pelo olhar vitimado de uma neta. Um projeto de índole autobiográfica, sem auto-inserção.
Esta ideia surgiu quando confrontada com o aviso desconcertante “estás a ficar igual à tua mãe”. Mãe esta que, quase sempre, guarda todas as semelhanças que nos convém salientar, mas essencialmente, todas as formas de expressão que prometemos incendiar e derrotar quando crescemos. O que nos leva a encarnar o que sempre odiamos? Que ciclo se inicia quando procuramos emancipar-nos desta figura que nos determina?