O que há neste lugar?
Ciclo de Encontros no espaço fAUNA

O ciclo “O que há neste lugar?” tem início no dia 15 de março, às 18h, no espaço fAUNA, com o encontro “Mudam-se os tempos, mudam-se os alimentos”, conduzido por João Pedro Tereso. Nesta sessão, exploraremos a história das plantas que compõem a base da nossa alimentação, refletindo sobre como os encontros entre povos, as migrações e os intercâmbios culturais moldaram os nossos hábitos alimentares e a própria paisagem. A conversa será acompanhada pela observação de sementes, frutos e material botânico arqueológico, revelando as marcas destas viagens no nosso quotidiano.

A participação nos encontros é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia através de formulário próprio.

Formulário de inscrição

Logo após este encontro, pelas 20h, apresenta-se a estreia de Comer a Terra, uma peça de teatro-comestível que transforma a mesa num espaço de confronto. Neste espetáculo-jantar, cada prato servido não é apenas alimento, mas também narrativa – um convite a refletir sobre as relações entre território, sustentabilidade e migrações.

“O que há neste lugar?” é um ciclo de encontros no espaço fAUNA, inserido no meio da natureza e regido pelos ciclos naturais que atravessam as estações do ano. Tal como o espaço se transforma ao longo do tempo, também esta programação se constrói em ciclos, cruzando arte, pensamento e investigação.

Cada encontro convida um/a especialista a explorar a relação entre natureza, cultura e sustentabilidade, através de conversas abertas e da observação. O objetivo é estimular um olhar mais atento sobre o mundo que nos rodeia, refletindo sobre temas ligados à ecologia, ciência e arte.

Com estes encontros, propomos um espaço de descoberta e reflexão sobre a forma como habitamos o território e como podemos torná-lo mais sustentável. Cada sessão abre caminho para a observação do meio envolvente e dos sistemas que moldam o nosso quotidiano, promovendo uma compreensão mais profunda da relação entre humanos e natureza.

De março a abril, em diálogo com estes os encontros, propomos também um ciclo de cinema documental quinzenal, com filmes que desafiam a nossa perceção sobre a natureza e os impactos das nossas escolhas. Entre os títulos selecionados, destacamos “Os Respigadores e a Respigadora”, de Agnès Varda, “Judi Dench: A Minha Paixão por Árvores”, de Harvey Lilsley, e “O Sal da Terra”, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado.

E em maio… No despertar da primavera, projetamos uma programação expandida, com apresentações na nossa blackbox e nos espaços envolventes – jardins e floresta – reforçando a relação entre o espaço e as dramaturgias propostas pelos artistas programados. 

No final de cada encontro fica a pergunta: o que há neste lugar e como o podemos habitar de forma mais consciente?