FARDO

Fardo é uma criação de inverno – a estação da morte. A estação do sono. Onde se sonham outras vidas.

No princípio nada mexe, tudo dorme. Tudo morto… ou tudo sonha: é inverno. Fardos de palha, árvore seca, lenha, máscaras. Tudo em letargo, à espera da vida.

Morrem aldeias. Morrem aqueles que ficam nelas. Mas antes, dormem e sonham.

Fardo é um ritual de inverno. Um entrudo feito sonho. Um ritual de passagem entre o sonho e o térreo, entre a vida e a morte, entre o nada e o riso, que espera o despertar de uma primavera.

Um sonho reparador onde se reúnem forças para um novo ciclo. Um ciclo de melhores colheitas. Um ciclo mais justo. Um ciclo mais perfeito.

Criação: Ángel Fragua, Noelia Domínguez e Sérgio Agostinho;

Co-criação e direção: Hernán Gené

Assistente de direção: Noelia Domínguez

Iluminação: Pedro Cabral

Fotografia de cena: Lino Silva

Produção executiva: Sara Casal e Mara Correia

Interpretação: Ángel Fragua e Sérgio Agostinho