Prelúdio: a Mulher Selvagem

Prelúdio: subs. masc.; ato ou exercício preliminar; peça que serve de introdução a uma obra musical; o que vem antes; aquilo que anuncia, que prevê; INDÍCIO, PRENÚNCIO, SINAL

 

Prelúdio é um grito interior, visceral mesmo, que aponta directamente à natureza selvagem das mulheres.

A peça é uma performance poética que nos revela um emaranhado de simbolismos, de arquétipos, reacendendo no nosso inconsciente a crença no poder intuitivo e sobrenatural das mulheres, intimamente ligado à natureza e aos ciclos de morte e renovação.

Reprimido por todo um conjunto de convenções sociais, religiosas e por uma sociedade dominada pelo homem, o ser selvagem primitivo das mulheres é, nesta peça, libertado na forma de um poema cantado e contado, uma espécie de grito melódico onde ecoam os instintos mais profundos da natureza feminina.

A bela e sensível composição musical, aliada à narração oral, enlaça as histórias da peça e toca o nosso íntimo. Ao ouvi-la, somos como que abalados por um turbilhão de imagens e emoções guardadas na voz de quem a canta e conta, e no íntimo de quem a escuta. Esta é a chave para transportar o público numa viagem sensitiva, quase hipnótica, rumo às profundezas da memória emocional de cada espetador.

Um espectáculo entretecido com fios colhidos na memória coletiva, tendo a tradição oral como fonte primordial dos materiais para esta construção: arquétipos, símbolos, rituais – a essência humana dita e retornada.

“Prelúdio” é uma viagem profundamente emocional. Um exercício de renovação e de recuperação da mulher selvagem que existe dentro de cada um de nós. Mesmo dos homens.

Encenação: Bruno Martins

Interpretação e cocriação: Catarina Gomes, Cláudia Berkeley, Daniela Marques

Pesquisa e Apoio Dramatúrgico | Técnicas de narração oral: Patrícia Amaral

Composição e Direção Musical: Rui Souza

Cenografia e Figurinos: Sandra Neves

Desenho de Luz: Valter Alves

Confeção de Figurinos: Joaquim Azevedo

Consultoria Científica: José Joaquim Dias Marques, Paulo Correia

Produção: Ludmila Teixeira

Coprodução: Teatro da Didascália | Casa das Artes de V. N. de Famalicão | Centro Cultural Vila Flor

Estrutura financiada por: Direção geral das Artes | Secretaria de Estado da Cultura

Duração aprox.: 60 min.

Classificação Etária: M/12

Agradecimentos: Maria de Lurdes Martins; CEAO (Centro de Estudos Ataíde de Oliveira – Universidade do Algarve), Kiara Maria; Maria do Carmo